“Call of Duty: Ghosts” e “Battlefield 4” chegam ao mercado sem muita inovação.
Em time que está ganhando não se mexe.
A máxima, utilizada no Brasil comumente para jogos de futebol, foi adotada nos últimos anos pelas empresas Activision e Electronic Arts, responsáveis pelos games “Call of Duty” e “Battlefield”, respectivamente.
As duas séries de guerra, que ganharam novos capítulos recentemente, encontram respaldo nos números para não realizar nenhuma mudança drástica nos jogos.
Mesmo sem inovações relevantes e uma recepção morna da crítica, “Ghosts”, o último título da franquia “Call of Duty”, gerou US$ 1 bilhão em vendas em apenas 24 horas. Trata-se do produto de entretenimento que mais rápido chegou à marca.
“Battlefield 4” ainda não divulgou números de venda recentes, mas a franquia é uma das mais bem sucedidas da EA, com cinco jogos lançados e mais de 25 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.
Apesar de mudanças alardeadas, como os cenários destrutíveis em “Battlefield 4” ou a companhia de um cachorro em “Call of Duty: Ghosts”, os games fazem sucesso basicamente por causa de seus modos on-line, que seguem as mesmas regras de execução dos títulos anteriores. A campanha para um jogador é secundária.
Tudo indica, porém, que 2013 será um divisor de águas para as franquias e para o gênero de tiro em primeira pessoa como um todo.
“Eu prevejo o fim de uma era com “Call of Duty: Ghosts” e “Battlefield 4″. Não acredito em um futuro para CoD”, escreveu no Twitter Christofer Sundberg, fundador da Avalanche Studios, desenvolvedora sueca de games. “Tudo acaba um dia, e o caminho mais curto para isso é não mudar”, completou.
O lançamento mundial do PlayStation 4 e do Xbox One neste mês provocará uma enxurrada de novos lançamentos no ano que vem, muitos deles nascidos para tirar proveito de toda a potência de funções e especificações das novas plataformas.
Dois exemplos dessa nova leva são “Destiny”, que mescla jogo de tiro com RPG, e “TintanFall”, de combate de robôs. Ambos prometem mesclar a campanha de um jogador com um amplo mundo on-line em um único modo de jogo. Tudo dependerá da escolha do usuário.
“Ghosts” e “Battlefield 4″ podem ser mais do mesmo, mas uma coisa parece certa: se não procurarem evoluir, correm o risco de ser atropelados pelos games criados para a próxima geração.
[message type=”info”]Por ALEXANDRE ORRICO
Folha de São Paulo[/message]
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